Hoje vou deixar o Abestalhada de lado e abraçar o meu lado Boneca, assim fofinha e meiguinha e que se ia desfazendo completamente!
Confesso que não sabia ao que ia.
Desmazelo meu eu sei.
Estava a trabalhar e informam-me que teria de ir fazer uma reportagem sobre a apresentação do livro "De Mim para Mim".
E parva, não fui pesquisar o que me esperava.
O livro seria de uma Carolina, e onde estava a Carolina? Andava um rapaz pelo palco, de microfone na mão, de lado para o outro. E onde estava a Carolina?!!
Fez-me confusão!
O tempo passou e chegaram as 17h30, hora da apresentação.
E no banquinho rodeado de apetrechos tecnológicos, senta-se o mesmo rapaz que por lá andava de microfone na mão.
E aí começou a fazer sentido.
A Carolina não estava ali. Nem iria estar. Nem aí nem em mais lado nenhum. Pelo menos fisicamente, porque se há coisa que o Pedro fez questão de referir (o rapaz do microfone que por lá andava) é que a memória da Carolina nunca seria esquecida.
Ela
era a bailarina. Ele o músico. E como o destino tem destas coisas, nas palavras
de Pedro Pinto, o músico, “ela cometeu a loucura de se apaixonar por mim, e eu
cometi a loucura de me apaixonar por ela”. E assim foi, durante quatro anos de
imensa felicidade, amor e dedicação um pelo outro. Até ao dia 10 de fevereiro de
2014.
Carolina Tendon faleceu durante o sono, sem ninguém esperar. Sabendo do seu gosto pela escrita e tendo ele próprio lido os textos da sua namorada, Pedro decidiu que a melhor maneira de a lembrar seria cumprir um dos sonhos da jovem Carolina. Editar e publicar um livro, sendo “uma forma digna e especial de a homenagear”.
E foi assim que nasceu “De Mim para Mim”, uma coletânea de textos, escritos entre os 10 e os 22 anos de Carolina. Cada página virada é uma nova fase ou experiência de vida da autora, e nas palavras da sua irmã Susana, onde podemos “apreciar a evolução da escrita e uma personalidade extraordinária.”.
O livro avança com a idade de Carolina e expõe as suas experiências, as suas alegrias, desilusões, os seus amores, as suas questões existenciais, o quão agradecida estava por ter tido a oportunidade de nascer e viver, e segundo a mesma este livro “serve para inspirar a vida – a vossa”.
A música esteve sempre presente no relacionamento de ambos e como tal, deveria estar também nesta apresentação, assim, quem assistiu teve a oportunidade de escutar os temas “Muros” e “Vi Morrer um Verso”, interpretados pelo próprio Pedro, e ainda o texto Foi Chuva, para o qual Napoleão Mira criou uma melodia e interpretou.
Abreijos
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Saudações minha gente!