É triste, muito triste quando alguém diz que "O
que esta malta precisava era dum Salazar em cada esquina.". Significa que anda tudo num estado de "romboiada" tal maneira que a única solução que o povo vê é roubarem todos os privilégios que alguém tem, algo tão básico como poder ir beber um café sem qualquer preocupação.
Li este texto e fiquei triste... Mas facto é que tem razão, é preciso uma reviravolta agreste para que se apercebam da trampa em que estão enterrados.
Já ouvi dizer que se passou da falta de liberdade para a libertinagem total. Acredito que assim seja, facto é que no tempo dos meus avós, era ver toda a gente bem comportada e não havia cá "chungosos da Casa dos Segredos" esses sim chateiam-me esta minha cabeça de Boneca!!
Ora vejam lá o pedaço:
"Conversa de biltre
Era só acabar com os políticos, só acabar com os gatunos, os drogados, os traficantes, os arrumadores, os emigrantes e os doentinhos do Facebook, era tão fácil...
Isto é tudo a mesma corja. Por estas e outras é que este país não
avança. Fascistas mas qual fascistas, nunca houve fascismo neste país. O
que esta malta precisava era dum Salazar em cada esquina. O que estes
gajos precisavam era de ditadura, cinto apertado e boca calada. Cambada
de maricas... isto o problema foi abrirem as fronteiras, darem soltura
às gajas, deixarem vir os retornados, fecharem a PIDE, darem o casamento
aos pandulos, acabarem com a pena de morte. Isto só lá vai a tiro, isto
só lá vai à bala, isto só lá vai com os candeeiros de rua cheios de
gajos pendurados.
Seis meses de democracia suspensa só para arrumar a casa; só seis
semanas sem parlamento, governo a funcionar por decreto, tribunais
fechados e aquela assembleia de chulos em casa sem chatear; vá prontos
só seis dias em que a polícia pudesse espancar e arrombar portas sem
mandato, só para limpar as ruas, vá... seis horas de lei de talião, cada
um agarra sua ripa, seu pé de cabra ou caçadeira se a tiver e vamos
amolgar aquele vizinho vermelho, ou preto, ou que é capaz de ser
pedófilo, ou que não paga o condomínio, ou que ouve a música demasiado
alta demasiado tarde... vá lá, só seis horinhas e limpamos a nação.
Era só acabar com os políticos, só acabar com os gatunos, os
drogados, os traficantes, os arrumadores, os emigrantes, os monhés, os
comunas, a malta das barracas, os Rendimento Mínimo, os ecologistas, os
desempregados que não querem trabalhar, as fufas feministas, os chulos,
as putas, os mouros, aqueles anarcas nojentos que têm sempre um cão
cheio de pulgas e se riem do nosso esforço, os jeovás de sábado de
manhã, os putos dos skates e dos graffitis, os intelectualóides gordos e
amaricados, os sidosos e a malta com ébola e legionela, os ganzados, os
artistas, os poetas, os professores universitários, as miúdas com
cabelo azul, qualquer um que não goste da Sô Dona Amália, os judeus e os
árabes, os grevistas dos sindicatos, os recibos verdes mal-agradecidos,
os chungosos da Casa dos Segredos, os amigos dos animais, os cromos que
lêem banda-desenhada, a escória do call-center que liga à hora de
jantar, os brasileiros, os donos de cães que não apanham o cagalhão, os
ciclistas, a malta das praxes, das touradas e dos ranchos, os chineses
das lojas dos 300, os doentes de doenças raras, os que não separam a
reciclagem, os fumadores e os pinguços, os velhos que ainda não foram
enfiados num “lar”, os animais que estacionam em cima do passeio, os
benfiquistas, os sportinguistas, os portistas, os corruptos, as
tricotadeiras e os doentinhos do Facebook, era tão fácil... era só
acabar com essa gente e isto era um jardim à beira mar plantado.
A culpa é da gorda alemã, da dominatrix do FMI, do Varoufakis, dos
cartoonistas do Charlie Hebdo, dos luso-descendentes que se alistaram
para a Síria, do Costa que ou entra mosca ou sai asneira, das madamas da
Ajuda de Berço, dos barbeiros hipsters
do Bairro Alto que não deixam as gajas entrar, da Carmelinda do POUS,
da Teresa Guilherme, da Sô Dona Fátima Lopes que até prova com a máquina
da verdade que o Tónho não assaltou a capela, da outra Fátima que nos
envenena as segundas e da filha da Felgueiras que faz outro tanto às
sextas. A culpa é do 44 e do Carlos Alexandre, dos polícias que ficaram
debaixo do comboio, dos ciganos (os ciganos têm sempre culpas no
cartório!), a culpa é deles! Não minha... eu não tenho nada a ver com
isto! A culpa de certeza que não é minha!"
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Saudações minha gente!